Uma estimativa feita em junho previa que a economia dos Estados Unidos cresceria 1,2% em todo o ano de 2008 – a revisão elevou este número para 1,8%.
A OCDE explicou que a nova projeção leva em conta a produção no segundo trimestre, período em que o PIB americano se expandiu 3,3% - um resultado que surpreendeu analistas, já que o próprio governo esperava algo em torno de 1,9%.
Apesar da melhora nas projeções americanas, a organização descreveu para os próximos meses um panorama de "fraca atividade" da economia mundial, que já sofre com as turbulências do mercado financeiro, a crise nos mercados imobiliários e os altos preços de matérias-primas.
Desaceleração
Segundo a análise, a turbulência financeira "parece refletir cada vez mais os sinais de fraqueza da economia real".
Já a desaceleração dos mercados imobiliários "continua a se desdobrar" nos Estados Unidos, e atinge a Europa "para além da Dinamarca, Irlanda, Espanha e Reino Unido", diz o documento.
A OCDE manteve em 1,4% neste ano a previsão para o crescimento das economias do G7 - o grupo das sete economias mais industrializadas do planeta -, com previsões mais pessimistas compensando a alta na estimativa americana.
A nova análise reviu de 1,7% para 1,2% o crescimento anual do Japão, depois de um segundo trimestre em que a economia se contraiu 2,4%. A previsão é de que o país se recupere do tombo nos dois últimos trimestres, disse a OCDE.
Na zona do euro, a previsão de crescimento foi reduzida de 1,7% para 1,3%. Todos os países europeus que compõem o G7 (Alemanha, a maior economia européia, França, Itália e Reino Unido) tiveram suas previsões rebaixadas.
O Reino Unido é o único país do grupo para o qual a OCDE prevê uma recessão, tecnicamente definida como dois trimestres de crescimento negativo.
Após um segundo trimestre de crescimento zero, as previsões para país no restante do ano são de uma retração de 0,3% e 0,4% nos terceiro e quarto trimestres, respectivamente.
Fonte: BBC Brasil
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