Em nota divulgada no jornal oficial, Granma, o governo cubano agradece a ajuda humanitária oferecida pelas autoridades americanas, dizendo que "nosso país não pode aceitar uma doação do governo que nos bloqueia".
Mas o governo cubano ressalta que "está disposto a comprar os materiais indispensáveis que as empresas americanas exportam aos mercados".
A nota solicita ainda que o governo americano também permita a bancos e instituições privadas e oficiais do país para concederem a Cuba créditos "normais em todas as operações comerciais" para financiar as compras.
"Se o governo dos Estados Unidos não deseja fazê-lo definitivamente, o de Cuba solicita que ao menos o autorize durante os próximos seis meses", afirma a declaração.
O governo americano havia oferecido inicialmente cerca de US$ 100 mil, com a possibilidade de aumentar esse montante após avaliação de uma equipe que os Estados Unidos se dispunham a enviar a Cuba.
As autoridades cubanas, contudo, recusaram a ajuda, dizendo que "não necessita de assistência de um grupo de avaliação humanitária para verificar os danos e necessidades pois conta com especialistas suficientes, que praticamente já concluíram este trabalho".
O país foi afetado por vários furacões em poucos dias, especialmente por Gustav e Ike e, segundo as autoridades, destruíram mais de 90 mil casas, causando danos no valor de milhões de dólares.
O Ministério do Açúcar informou que Ike destruiu quase a metade da colheita anual de cana.
Cuba recebeu ajuda de vários países latino-americanos e europeus. Entre eles estão Brasil, Rússia e Espanha.
Os Estados Unidos impuseram o embargo a Cuba em 1962, pouco depois da chegada de Fidel Castro ao poder.
Fonte: BBC Brasil
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