terça-feira, 16 de setembro de 2008

Quebra de banco segue nocauteando bolsas mundiais

A quebra do banco americano de investimento Lehman Brothers continua minando a confiança de investidores na economia e castigando os mercados nesta terça-feira.

Na Ásia, as praças financeiras da China, Japão, Hong Kong e Coréia do Sul, que não abriram na segunda-feira por conta de feriado, sentiram pela primeira vez os efeitos das notícias que fizeram a Bolsa de Nova York ter o pior dia desde o 11 de setembro de 2001.

Em Tóquio, o índice Nikkei 225 fechou em queda de 4,95%, aos 11.609,72 pontos – o mais baixo nível desde julho de 2005. Já o índice Topix, mais amplo, caiu 5,07% para os 1.117,57 pontos.

Em Hong Kong, o Hang Seng fechou em queda de 5,44% aos 18.300,61 pontos.

Em Xangai, o índice Composite recuou 4,47% para 1.986,64 pontos – o menor nível em 21 meses.

Em Seul, a índice Kospi fechou em baixa de 6,10% aos 1.387,75 pontos.

Resiliência

Na Europa, que havia sentido o impacto da quebra do Lehman Brothers logo na segunda-feira, a terça-feira é de quedas menos acentuadas.

Às 12h42 de Londres (8h42 do Brasil), o índice FTSE perdia 3,09% aos 5.043,30.

O índice CAC 40 perdia 2,11% em Paris, aos 4.081,06 pontos.

Já o DAX operava em baixa de 2,10% em Frankfurt, aos 5.936,96 pontos.

Os mercados aguardam definições em relação aos desdobramentos da crise. Os temores incluem a situação financeira da seguradora AIG.

As três maiores agências de avaliação de risco – Standard & Poor's, Moody's e Fitch – pioraram sua análise para a empresa, embora mantendo a nota da AIG dentro do grau de investimento.

As ações da AIG caíam 9%, influenciando as do setor bancário como um todo.

Na segunda-feira, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Henry Paulson, afirmou que o país está "passando por um período difícil nos mercados financeiros" e que está tentando superar "excessos do passado".

Paulson, no entanto, afirmou que os "americanos podem continuar confiantes no poder de resiliência do sistema financeiro".

Petróleo

A crise financeira também mexeu com o preço do petróleo no mercado internacional.

A avaliação de que a turbulência afetará a economia e reduzirá a demanda global pelo produto fez baixar a cotação nas praças onde é negociado.

Às 10h de Londres (6h de Brasília), o barril do tipo Brent era cotado a US$ 91,10 – uma queda de US$ 3,33%.

Já o petróleo tipo WTI recuava 3,37%, com o barril cotado a US$ 92.48.

Fonte: BBC Brasil

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