O artigo levanta exemplos para mostrar a força que a diplomacia brasileira tem demonstrado dentro da América do Sul em episódios como a disputa entre governo e oposição na Bolívia e, no início do ano, a rusga entre Colômbia e Equador no tema das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
Para o jornal, Lula seria uma espécie de "judoca" que utiliza as fraquezas diplomáticas de outros países para fortalecer sua própria posição.
No episódio multilateral mais recente, a reunião da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), em Santiago do Chile, o Brasil coordenou os vizinhos e neutralizou visões divergentes sobre a crise capitaneadas pelos Estados Unidos, diz o jornal.
Para o Página/12, o reforço da liderança de Lula ocorre em detrimento do papel do seu colega americano, George W. Bush, na América do Sul.
"Ao se completar o sexto ano de Lula no Palácio do Planalto e o oitavo de Bush na Casa Branca, há elementos suficientes para afirmar que a capacidade brasileira de forjar consensos é inversa à torpeza com que Washington opera na região", escreve o repórter do diário argentino.
"Em alguns momentos, Lula atua como uma espécie de judoca da diplomacia, usando em proveito próprio a energia do adversário."
Segundo o Página/12, o discurso de abertura de Lula na reunião da ONU será mais uma oportunidade para o líder brasileiro dar "alfinetadas" em Washington - embora seja improvável que, como Chávez, compare Bush com Lúcifer ou pronuncie palavras contra o "império" americano.
Fonte: BBC Brasil
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