quarta-feira, 22 de abril de 2009

Feliz Dia da Terra!

O Dia da Terra foi criado em 1970 quando o Senador norte-americano Gaylord Nelson convocou o primeiro protesto nacionalcontra a poluição. É festejado em 22 de abril e a partir de 1990, outros países passaram a celebrar a data.

Sabe-se que a Terra tem em torno de 4,5 bilhões de anos e existem várias teorias para o “nascimento” do planeta. A Terra é o terceiro planeta do Sistema Solar, tendo a Lua como seu único satélite natural. A Terra tem 510,3 milhões de km2 de área total, sendo que aproximadamente 97% é composto por água (1,59 bilhões de km3). A quantidade de água salgada é 30 vezes a de água doce, e 50% da água doce do planeta está situada no subsolo.

A atmosfera terrestre vai até cerca de 1.000 km de altura, sendo composta basicamente de nitrogênio, oxigênio, argônio e outros gases.

Há 400 milhões de anos a Pangéia reunia todas as terras num único continente. Com o movimento lento das placas tectônicas (blocos em que a crosta terrestre está dividida), 225 milhões de anos atrás a Pangéia partiu-se no sentido leste-oeste, formando a Laurásia ao norte e Godwana ao sul e somente há 60 milhões de anos a Terra assumiu a conformação e posição atual dos continentes.

O relevo da Terra é influenciado pela ação de vários agentes (vulcanismo), abalos sísmicos, ventos, chuvas, marés, ação do homem) que são responsáveis pela sua formação, desgaste e modelagem. O ponto mais alto da Terra é o Everest no Nepal/ China com aproximadamente 8.848 metros acima do nível do mar. A Terra já passou por pelo menos 3 grandes períodos glaciais e outros pequenos.

A reconstituição da vida na Terra foi conseguida através de fósseis, os mais antigos que conhecemos datam de 3,5 bilhões de anos e constituem em diversos tipos de pequenas células, relativamente simples. As primeiras etapas da evolução da vida ocorreram em uma atmosfera anaeróbia (sem oxigênio).

As teorias da origem da vida na Terra, são muitas, mas algumas evidências não podem ser esquecidas. As moléculas primitivas, encontradas na atmosfera, compõe aproximadamente 98% da matéria encontrada nos organismos de hoje. O gás oxigênio só foi formado depois que os organismos fotossintetizantes começaram suas atividades. As moléculas primitivas se agregam para formar moléculas mais complexas.

A evidência disso é que as mitocôndrias celulares possuam DNA próprio. Cada estrutura era capaz de se satisfazer suas necessidades energéticas, utilizando compostos disponíveis. Com este aumento de complexidade, elas adquiriram capacidade de crescer, de se reproduzir e de passar suas características para as gerações subseqüentes.

A população humana atual da Terra é de aproximadamente 6 bilhões de pessoas e a expectativa de vida é em média de 65 anos.

Para mantermos o equlíbrio do planeta é preciso consciência dessa importância, a começar pelas crianças. Não se pode acabar com os recursos naturais, essenciais para a vida humana, pois não haverá como repô-los. O pensamento deve ser global, mas a ação local, como é tratado na Agenda 21.

Fonte: Ambiente Brasil

terça-feira, 21 de abril de 2009

EUA convidam israelenses e árabes para discutir paz

O governo dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira que os líderes de Israel, Autoridade Palestina e do Egito foram convidados para reuniões separadas com o presidente americano, Barack Obama, em Washington, com o objetivo de reviver o processo de paz no Oriente Médio.

Ainda não se sabe com certeza quando ocorreriam as visitas do premiê israelense, Binyamin Netanyahu, do presidente egípcio, Hosni Mubarak e do líder palestino, Mahmoud Abbas.

Entretanto, acredita-se que elas ocorram nas próximas semanas, possivelmente antes da viagem de Obama à França em 6 de junho, disse o porta-voz do presidente americano, Robert Gibbs.

Não há indicação de que Netanyahu vai conversar diretamente com Abbas ou Mubarak.

"Com cada um deles o presidente vai discutir maneiras de os Estados Unidos fortalecerem e aprofundarem nossas parcerias, assim como passos que todos os participantes devem dar para alcançar a paz entre Israel e os palestinos e Israel e os demais países árabes", disse Gibbs.

Boa-fé

Obama repetiu nesta terça-feira, após se encontrar em Washington com o rei Abdullah, da Jordânia, que considera a resolução do conflito do Oriente Médio um das prioridades de sua administração.

O governo de George W. Bush foi criticado por não se esforçar o suficiente para promover a paz entre israelenses e palestinos.

Mas analistas acreditam que o governo predominantemente de direita de Netanyahu pode dificultar o processo de paz.

"Infelizmente neste momento, o que temos visto não apenas em Israel, mas também nos territórios palestinos, entre os países árabes e pelo mundo, é um profundo ceticismo a respeito da possibilidade de se fazer algum progresso", disse Obama.

"O que devemos fazer é dar um passo para trás do precipício e dizer, por mais duro que pareça, que a possibilidade de paz ainda existe, mas vai exigir escolhas difíceis e decisão por parte dos envolvidos."

O presidente americano acrescentou que espera que "todos os lados" façam "gestos de boa-fé" nos próximos meses, embora não tenha detalhado quais ele espera que sejam esses gestos.

Abdullah disse que o presidente americano reafirmou seu apoio para a solução de dois Estados. O governo anterior de Israel havia se comprometido com esta ideia mas a atual administração, considerada mais linha-dura, ainda não se posicionou claramente sobre o assunto.

Durante sua campanha eleitoral, Netanyahu disse que, ao invés de falar em um Estado palestino, gostaria de oferecer aos palestinos o que chamou de "paz econômica", sem explicar em detalhes o que o conceito significaria.

Fonte: BBC Brasil

ONU aprova declaração antirracismo em resposta a Ahmadinejad

Delegados presentes à conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) boicotada pelos Estados Unidos aprovaram uma declaração antirracismo, à medida que buscaram reduzir o impacto do constrangimento provocado por declarações do presidente do Irã.

O texto, que "reitera" um polêmico documento de 2001 que se refere seis vezes a Israel e ao Oriente Médio, foi aprovado por consenso e sem debate em sessão pública, muito antes do final da conferência de uma semana de duração.

Na segunda-feira, dezenas de delegados deixaram o fórum depois de o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, referir-se a Israel como um "governo totalmente racista", declarações classificadas por autoridades da ONU como "inaceitáveis".

A aprovação precoce do texto, negociado ao longo de vários meses em reuniões preparatórias em Genebra, deve ajudar a acalmar a movimentada conferência e retomar o foco para questões da agenda formal, como as relações entre pobreza e discriminação.

O ministro das Relações Exteriores da França, Bernard Kouchner, dissera um pouco antes na terça-feira que a aprovação do documento representaria "uma derrota a Ahmadinejad", cujas declarações, segundo uma pesquisadora da ONU sobre direitos humanos, tiveram a intenção de promover um "confronto total".

"Não é uma questão de pontos de vista diferentes. É uma questão sobre a animosidade desses pontos de vista", disse Asma Jahangir, relatora especial sobre liberdade religiosa.

O porta-voz da ONU para direitos humanos, Rupert Colville, disse a jornalistas que a conferência havia superado o drama em torno do discurso de Ahmadinejad na segunda-feira, durante o qual alguns ativistas credenciados pelo fórum protagonizaram barulhentos protestos.

"Foi um episódio muito contundente ontem, com certeza, mas temos de voltar às questões", disse ele antes da aprovação da declaração na sala de reuniões do Palais des Nations.

Fonte: Reuters/UOL


Discurso de líder do Irã ‘preocupa’ Brasil, diz Itamaraty

O Ministério das Relações Exteriores emitiu nesta terça-feira um comunicado lamentando as declarações contra Israel feitas pelo presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, durante uma conferência antirracismo da ONU na segunda-feira.

Diversos diplomatas de países europeus abandonaram a reunião quando Ahmadinejad mencionou Israel e disse que imigrantes judeus da Europa e dos Estados Unidos foram enviados ao Oriente Médio para estabelecer "um governo racista".

"O governo brasileiro tomou conhecimento, com particular preocupação, do discurso do presidente iraniano que, entre outros aspectos, diminui a importância de acontecimentos trágicos e historicamente comprovados, como o Holocausto", disse o Itamaraty.

"O governo brasileiro considera que manifestações dessa natureza prejudicam o clima de diálogo e entendimento necessário ao tratamento internacional da questão da discriminação."

A nota também destaca que "o Brasil atribui grande importância à Conferência de Revisão de Durban sobre Discriminação Racial, que ocorre em Genebra entre 20 e 24 de abril. Para alcançar os objetivos da Conferência, o engajamento de todos no diálogo internacional é crucial", afirma a nota do Itamaraty.

Segundo o Ministério de Relações Exteriores, o governo brasileiro vai aproveitar a visita de Ahmadinejad ao Brasil, em maio, "para reiterar ao governo iraniano suas opiniões sobre esses temas".

A delegação brasileira na conferência da ONU é chefiada pelo ministro-chefe da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Edson Santos.

Obama

Também nesta terça-feira, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, lamentou as declarações de Ahmadinejad, dizendo que elas "não ajudam, são prejudiciais".

"Eu acho que na verdade isso fere a posição do Irã no mundo", disse Obama.

O mandatário americano, entretanto, disse que as declarações não mudam a estratégia adotada pelos Estados Unidos nas negociações pelo Irã, baseada em uma "diplomacia direta" e "sem que muitas opções sejam retiradas da mesa".

"Nós vamos continuar buscando a possibilidade de melhores relações e de uma resolução para algumas das questões críticas em que tem havido diferenças (entre os dois países), principalmente no tocante à questão nuclear."

Fonte: BBC Brasil

Arquiteto espanhol apresenta casa ecológica com teto-jardim

Um arquiteto da Espanha apresenta nesta semana em uma feira no país o projeto de uma casa ecológica de 200 m2, desmontável, transportável e com um teto-jardim onde o dono pode passear e cultivar plantas para o consumo doméstico.

A casa, chamada de Green Box, tem consumo de energia zero e não gera resíduos durante a construção, de acordo com arquiteto Luis de Garrido, que revelou o projeto na Feira Internacional de Construção de Barcelona.

A estrutura da casa é constituída por painéis de concreto armado, placas de madeira e cimento e painéis metálicos. A base e as paredes são montadas como um quebra-cabeças - os módulos pré-fabricados se encaixam por pressão e com parafusos.

"Desta forma, a Green Box pode ser modificada a qualquer momento. E o mais importante é que não há necessidade de obras. Não gera resíduos e suas peças podem ser consertadas ou substituídas. Por isso tem um ciclo de duração infinito", disse Garrido.

Teto-jardim

A casa, que pode ser construída em 15 dias, tem outros componentes que minimizam o impacto ambiental da construção, como uma câmara de ar subterrânea que permite o controle da temperatura de forma automática, aproveitando a energia geotérmica e solar.

"Precisamos de uma arquitetura que satisfaça nossas necessidades atuais, sem comprometer a dos nossos descendentes. Não é só uma questão de consumir menos, mas de controlar o que se consome. O setor da construção normalmente é um campeão de desperdícios", disse o arquiteto.

Garrido considera "um modismo com interesses comerciais" a maioria dos produtos que prometem economizar energia ou levam etiquetas ecológicas sem bases científicas ou controles efetivos.

"Aparentemente todo mundo está sensibilizado com o aquecimento global. Mas quase ninguém pergunta a um fabricante de onde saiu o que ele consome. Se a madeira veio de uma árvore protegida da Amazônia, por exemplo."

Organizações ambientais denunciam que muitas das chamadas casas ecológicas usam materiais que causam impacto ambiental e madeira cuja origem nem sempre é legal.
Fonte: BBC Brasil

Arquiteto espanhol apresenta casa ecológica com teto-jardim

Córrego era coberto por estrutura semelhante ao Minhocão paulistano.
Seminário irá discutir nesta terça soluções para os rios de SP.



Na série de reportagens especiais sobre o futuro dos rios de São Paulo, a reportagem viajou até Seul, na Coreia do Sul, para conhecer de perto a experiência de salvar um córrego e um rio tão poluídos quanto o Rio Tietê. Os dois eram cobertos por uma avenida e por um viaduto e viraram motivo de orgulho.

Conhecer o Cheong Gye, em Seul, é um programa obrigatório para estrangeiros que chegam ao país. Os estudantes são de Cingapura, uma próspera ilha do sudeste asiático. Eles conhecem bem o que é desenvolvimento econômico e ficaram surpresos com o que viram no córrego.

Soleiman Dias vive em Seul há 8 anos, fundou a associação Brasil-Coréia e acompanhou as discussões para a transformação do córrego.

“Imagina que tinha uma estrada como qualquer outra. Eram quatro faixas apenas para carros, tudo parecido com o minhocão de São Paulo. E era uma idéia talvez absurda de alguém querer destruir essa estrada e transformar em um córrego. É a revolução do pensamento de aproveitamento de espaço urbano hoje em dia, né?”, diz Soleiman.

Imagens cedidas pela prefeitura de Seul mostram como tudo começou. A idéia foi do então prefeito Lee Myung Back. Em uma só administração, ele idealizou a reforma e executou o projeto. Ele ganhou tanta projeção que hoje é o presidente da república.

Entre 2003 e 2005, o minhocão foi destruído. O tampão de 40 anos foi arrancado, e parte do córrego, que tem pouco mais de 5 km de extensão, restaurada.

A água cheia de vida chama logo a atenção. Ela corre rapidamente, é transparente, translúcida. Dá para ver que ela é cristalina e todo mundo pode ir de uma margem a outra do córrego sem nenhuma dificuldade e com segurança.

Mas a idéia de diminuir o cinza a favor do verde não agradou todo mundo. “A população foi contra, como alguns que utilizavam essa via. Eu mesmo utilizava essa via várias vezes. Inicialmente, foi tão revolucionário, a idéia era tão absurda, que muita gente foi contra”, diz Soleiman.

O comércio popular na região do córrego é muito parecido com o da Rua 25 de Março, na região central de São Paulo. Na época das obras, os comerciantes sofreram muito e houve protestos.

O atual assistente do prefeito de Seul para assuntos de infra-estrutura foi quem coordenou o projeto. Ele diz que, quando a idéia foi lançada, a prefeitura fez mais de mil reuniões com representantes da comunidade para explicar o que seria feito.

O senhor Lee conta que, para não prejudicar a circulação das pessoas, foi preciso reorganizar as rotas do trânsito e reformar o sistema de ônibus e de metrô. A partir das consultas freqüentes, eles ganharam o apoio dos donos das lojas.

Os tempos são outros para um vendedor de sapatos. Depois das mudanças, ele vende duas vezes mais, de 80 a 100 pares de sapato. As vendas ficam aquecidas até nos fins de semana, por causa dos turistas.

“Hoje, como cartão postal, vêm grupos do mundo inteiro visitar esse projeto, visitar o córrego. Existem disciplinas em universidades do mundo inteiro que estudam esse projeto revolucionário”, diz Soleiman. Para as crianças que se divertem hoje brincando no córrego, o aprendizado começa cedo e vale para vida toda.

A experiência de Seul vai ser apresentada nesta terça-feira (14), em São Paulo, em um seminário sobre o futuro dos rios. O encontro é promovido pela Rede Globo, em parceria com a Escola Politécnica da USP.

Fonte: G1

Baixa atividade do sol intriga astrônomos

O sol passa por um de seus períodos mais quietos por quase um século, praticamente sem manchas solares (explosões na atmosfera solar) e emitindo poucas chamas.

A observação da estrela mais próxima da Terra está intrigando os astrônomos, que estão prestes a estudar novas imagens do sol captadas no espaço na Reunião Nacional de Astronomia do Reino Unido.

O sol normalmente passa por ciclos de atividade de 11 anos. Em seu pico, ele tem uma atmosfera efervescente que lança chamas e "pedaços" gasosos super quentes do tamanho de pequenos planetas. Depois deste pico, o astro normalmente passa por um período de calmaria.

Esperava-se que o sol voltasse a esquentar no ano passado depois de uma temporada de calmaria. Mas em vez disso, a pressão do vento solar chegou ao seu nível mais baixo em 50 anos, as emissões radiológicas são as mais baixas dos últimos 55 anos e as atividades mais baixas de manchas solares dos últimos 100 anos.

Segundo a professora Louise Hara, do University College London, as razões para isso não estão claras e não se sabe quando a atividade do sol vai voltar ao normal.

"Não há sinais de que ele esteja saindo deste período", disse ela à BBC News.

"No momento, há artigos científicos sendo lançados que sugerem que ele vai entrar em um período normal de atividade em breve."

"Outros, no entanto, sugerem que ele vai passar por outro período de atividades mínimas - este é um grande debate no momento."

Mini era do gelo

Em meados do século 17, um período de calmaria - conhecido como Maunder Minimum - durou 70 anos, provocando uma "mini era do gelo".

Por isso, alguns especialistas sugeriram que um esfriamento semelhante do sol poderia compensar os efeitos das mudanças climáticas.

Mas segundo o professor Mike Lockwood, da Universidade de Southhampton, isso não é tão simples assim.

"Quisera eu que o sol estivesse vindo a nosso favor, mas, infelizmente, os dados mostram que não é esse o caso", disse ele.

Lockwood foi um dos primeiros pesquisadores a mostrar que a atividade do sol vinha decrescendo gradualmente desde 1985, mas que, apesar disso, as temperaturas globais continuavam a subir.

"Se você olhar cuidadosamente as observações, está bem claro que o nível fundamental do sol alcançou seu pico em cerca de 1985 e o que estamos vendo é uma continuação da tendência para baixo (na atividade solar), que vem ocorrendo há cerca de duas décadas."

"Se o enfraquecimento do sol tivesse efeitos resfriadores, já teríamos visto isso a esta altura."

Meio termo

Análises de troncos de árvores e de camadas inferiores de gelo (que registram a história ambiental) sugerem que o sol está se acalmando depois de um pico incomum em sua atividade.

Lockwood acredita que, além do ciclo solar de 11 anos, há uma oscilação solar que dura centenas de anos.

Ele sugere que 1985 marcou o pico máximo deste ciclo de longo prazo e que o Maunder Minimum marcou seu ponto mais baixo.

Para ele, o sol agora volta a um meio termo depois de um período em que esteve praticamente no topo de suas atividades.

Dados do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) mostram que as temperaturas globais subiram em média 0,7º C desde o início do século 20.

As projeções do IPCC são de que o mundo vai continuar a esquentar, e a expectativa é de que as temperaturas aumentem entre 1,8º C e 4º C até o fim deste século.

Ninguém sabe ao certo como funciona o ciclo e altos e baixos na atividade solar, mas os astrônomos se veem, agora, graças a avanços tecnológicos, em uma posição privilegiada para estudar o astro-rei.

Segundo o professor Richard Harrison, do Laboratório Rutheford Appleton, em Oxfordshire, este período de quietude solar dá aos astrônomos uma oportunidade única.

"Isso é muito animador, porque como astrônomos nunca vimos nada assim em nossas vidas", disse ele.

"Temos uma sonda lá no alto para estudar o sol com detalhes fenomenais. Com esses telescópios podemos estudar esta atividade mínima de um modo que nunca fizemos no passado."

Fonte: BBC Brasil

terça-feira, 14 de abril de 2009

EUA suspendem restrições a viagens e remessas para Cuba

A Casa Branca anunciou nesta segunda-feira o fim de certas restrições nas relações do país com Cuba - entre elas, os limites impostos a cubano-americanos interessados em viajar à ilha e ao envio de dinheiro aos seus parentes no país caribenho.

As medidas haviam sido uma promessa de campanha do presidente americano, Barack Obama, e devem ajudar a aproximar membros de famílias cubanas que vivem nos dois países, separados por décadas de sanções americanas.

"O presidente pediu a seus secretários de Estado, Tesouro e Comércio que tomem as medidas necessárias para levantar todas as restrições impostas às pessoas que queiram visitar membros de suas famílias em Cuba ou enviar remessas de dinheiro", disse o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs.

Gibbs disse que o objetivo das medidas é promover a democracia e o respeito aos direitos humanos na ilha.

Telecomunicações

Também foi anunciado o fim de restrições que impediam que empresas de telecomunicações norte-americanas operassem em Cuba.

"O presidente (Obama) gostaria de ver mais liberdades para o povo cubano", afirmou Gibbs.

"Há algumas ações que ele tomou hoje que podem abrir o fluxo de informações (para Cuba) para permitir passos importantes neste sentido", completou.

Segundo um comunicado divulgado pela Casa Branca, empresas de telecomunicações norte-americanas estão autorizadas a fazer acordos com o governo da ilha comunista para estabelecer comunicações por fibra ótica ou satélite entre os dois países.

Além disso, sob autorização do governo de Cuba, companhias americanas também poderão oferecer serviços de telefonia celular e transmitir programação de televisão e rádio aos cubanos.

O governo dos Estados Unidos também permitirá que pessoas que residam em seu território ativem e paguem serviços de telecomunicações - como telefones celulares - a indivíduos em Cuba.

As novas medidas também autorizam a doação de aparelhos como celulares, computadores e softwares por parte de cidadãos residentes nos Estados Unidos a habitantes de Cuba.

Segundo o correspondente da BBC em Washington, Kevin Connolly, as novas medidas podem aumentar o fluxo de informações para dentro da ilha, embora, para se tornarem realidade, muitas delas dependam de atitudes do governo cubano.

Sanções

No mês passado, Obama já havia assinado uma lei que relaxava algumas sanções econômicas impostas a Cuba.

O presidente já indicou que está aberto a um diálogo com os líderes cubanos.

Mas acrescentou que, como os presidentes americanos anteriores, ele apenas vai considerar a suspensão completa do embargo se o governo comunista de Cuba tomar medidas importantes, como a realização de eleições democráticas.

O presidente cubano, Raúl Castro, afirmou que está pronto para negociar com o novo governo americano desde que não sejam impostas condições.

Fonte: BBC Brasil

Governo decreta estado de emergência em Bangcoc

O governo tailandês decretou estado de emergência na capital Bangcoc e arredores, enquanto centenas de manifestantes invadiam o Ministério do Interior e atacavam um carro que eles acreditavam estar levando o primeiro-ministro Abhisit Vejjajiva.

Soldados dispararam tiros de advertência, mas não entraram em confronto direto com os manifestantes. O premiê havia saído em segurança mais cedo. Outros carros levando funcionários do governo também foram atacados.

Estradas e pelo menos uma estação de trem foram bloqueadas pelos protestos e manifestantes tomaram ônibus e tanques que patrulhavam as ruas.

Grupos que apoiam o ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, que fugiu do país depois de ser acusado de corrupção, vêm bloqueando o acesso a prédios do governo na última semana e prometeram manter a pressão até que Abhisit renuncie.

No sábado, o governo tailandês foi obrigado a cancelar a Cúpula de Países Asiáticos, que aconteceria no balneário de Pattaya, por causa dos protestos. O fracasso do encontro deixou o premiê em uma posição delicada e ele prometeu medidas duras para restaurar a ordem.

A primeira delas foi a declaração do estado de emergência acompanhada de um anúncio televisionado em rede nacional.

"O governo vem tentando evitar a violência, mas os protestos cresceram e (os manifestantes) estão usando métodos incompatíveis com a constituição", declarou o premiê Abhisit.

Com o estado de emergência, podem ser proibidos encontros de mais de cinco pessoas, a imprensa pode ser censurada e o exército pode ser mobilizado para ajudar a polícia a manter a ordem, como já está acontecendo.

No ano passado, o governo instaurou estado de emergência em diversas ocasiões, mas os militares se recusaram a apoiar as medidas.

Segundo especialistas, o problema para Abhisit é que ele chegou ao poder depois de protestos parecidos com estes, só que liderados por manifestantes contrários ao governo anterior, formado por aliados do ex-premiê exilado Thaksin Shinawatra.

A violência nas ruas tailandesas já causou ao país um prejuízo de US$ 6 bilhões com a queda no turismo, exatamente no momento em que a economia sofre por causa da redução nas exportações.

Fonte: BBC Brasil

ETA planejava ataque com míssil ao rei Juan Carlos, diz jornal

A ETA (Pátria Basca e Liberdade, grupo terrorista e separatista que luta pela independência da região basca) planejava utilizar um míssil para derrubar um helicóptero ou um avião com o rei espanhol Juan Carlos a bordo, informou neste domingo o jornal basco "El Correo", em sua versão on-line.

O ataque estava detalhado em vários CDs apreendidos na casa descoberta em abril de 2004, na parte francesa do País Basco. Esse material está sendo analisado pelos serviços antiterroristas franceses, de acordo com "El Correo Digital".

Vários ministros do governo espanhol também estavam entre "os alvos potenciais" de um ataque com míssil terra-ar, acrescentou o jornal, que disse se basear em fontes dos serviços antiterroristas franceses.

Além dos CDs descobertos na cidade francesa de Saint-Michel, na fronteira com a Espanha, em 2004, a polícia também encontrou restos de um míssil que seria, provavelmente, usado em um teste de lançamento, completou o jornal.

Os CDs incluíam um mapa com as rotas utilizadas pelos aviões no País Basco e na região francesa vizinha de Gironde, no sul da França.

Fonte: Folha Online

Netanyahu diz a Abbas estar disposto a negocia a paz

O premiê israelense, Binyamin Netanyahu, disse ao líder palestino, Mahmoud Abbas, que está disposto a iniciar negociações de paz, durante uma conversa telefônica realizada neste domingo.

Este foi o primeiro contato entre os dois desde que Netanyahu assumiu o cargo, no dia 31 de março.

Segundo o governo israelense, a conversa foi "amigável" e Netanyahu "relembrou conversas anteriores, episódios em que os dois colaboraram e como ele pretende continuar desta forma para alcançar a paz".

Estado palestino

Mas Netanyahu ainda não se disse a favor da criação de um Estado palestino, uma reivindicação fundamental dos palestinos, apoiada pelos EUA e a União Europeia.

Durante sua campanha eleitoral, ele disse estar disposto a negociar com os palestinos mas seria prematura a criação de um Estado. Ao invés disso, ele disse que ofereceria aos palestinos o que chamou de "paz econômica".

Netanyahu lidera uma coligação majoritariamente de direita.

O ministro das Relações Exteriores do pais, Avigdor Lieberman, do partido de extrema direita Israel Beiteinu, rejeitou algumas iniciativas passadas dos EUA para a paz no Oriente Médio.

Ele disse que Israel está livre para rever o compromisso assumido anteriormente de aceitar a criação de um Estado palestino.

Mas no sábado, o negociador chefe palestino disse que para que as negociações de paz tenham início, é fundamental que Israel declare que apóie a criação de um Estado palestino.

Fonte: BBC Brasil

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Cientistas dizem ter identificado fronteira entre o espaço e a Terra

Cientistas canadenses afirmam ter identificado a fronteira entre o espaço e a Terra.

Segundo os especialistas, da Universidade de Calgary, o espaço começa 118 quilômetros acima da superfície terrestre.

Os cientistas chegaram a esta conclusão a partir de dados coletados pelo instrumento Supra-Thermal Ion Image, que conseguiu identificar onde terminam os ventos terrestres, considerados relativamente leves, e onde começam os "fluxos violentos" de partículas espaciais, que podem atingir velocidades de até 1.000 km/h.

Segundo os pesquisadores canadenses, é extremamente difícil coletar informações nesta área, porque o local é muito alto para o uso de balões e muito baixo para o de satélites.

"Esta é a segunda vez que medições diretas de fluxos de partículas carregadas foram feitas nesta região, e a primeira em que todos os ingredientes, como os fortes ventos acima da atmosfera, foram incluídos", disse David Knudsen, um dos cientistas envolvidos no estudo.

Clima espacial

O instrumento foi desenvolvido pela Agência Espacial Canadense e lançado junto ao foguete da Nasa Joule-II, em janeiro de 2007.

Após atingir a altitude de 200 quilômetros acima do nível do mar, o equipamento recolheu as informações durante os cinco minutos em que foi "jogado de um lado para outro da fronteira".

Os resultados da pesquisa, divulgados na publicação especializada Journal of Geophysical Research, poderão auxiliar nas investigações sobre o clima espacial e seus impactos na Terra.

"Os dados nos permitem calcular os fluxos de energia que entram na atmosfera terrestre e entender a interação entre o espaço e nosso ambiente", disse Knudsen.

"Isto pode significar um melhor entendimento sobre o aquecimento e resfriamento da Terra, além de como o clima espacial pode afetar satélites, equipamentos de comunicação e navegação".

Fonte: BBC Brasil

Cientistas preveem aumento do nível do mar maior do que o esperado

O aumento no nível dos mares será bem maior do que o previsto devido a mudanças nas calotas polares, de acordo com estimativas apresentadas nesta terça-feira por uma equipe internacional de cientistas.

O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), da ONU, previu em um relatório de 2007 que o aumento máximo do nível do mar ficaria em torno dos 59 centímetros.

Mas cientistas reunidos em uma conferência sobre mudança climática em Copenhague, na Dinamarca, afirmam que as estimativas da ONU foram baixas e o nível do mar pode aumentar em um metro ou mais até 2100.

Segundo os cientistas, as projeções anteriores não incluíam o impacto potencial do derretimento polar e do gelo se quebrando.

O professor Konrad Steffen, da Universidade do Colorado, destacou em uma entrevista coletiva nesta terça-feira novos estudos a respeito da perda de gelo na Groenlândia que indicam uma aceleração do derretimento na última década.

"Eu poderia prever o aumento do nível do mar em 2100 na ordem de um metro. Poderia ser 1,2 metro ou 0,9 metro", disse Steffen, que estudou o gelo antártico nos últimos 35 anos. "Mas é um metro ou mais observando a mudança atual, que é até três vezes mais do que a média prevista pelo IPCC."

"As pesquisas mais recentes mostraram que o nível do mar está aumentando 3 milímetros por ano desde 1993, uma taxa bem acima da média do século 20", acrescentou John Church, do Centro de Pesquisa Climática da Austrália.

Fluxo de gelo

Para Eric Rignot, pesquisador do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa (Agência Espacial Americana), os resultados reunidos desde o relatório do IPCC não podem ser ignorados.

"Como resultado da aceleração do derretimento de geleiras em grandes regiões, as calotas de gelo na Groenlândia e da Antártida já estão contribuindo mais e mais rapidamente para o aumento no nível do mar do que o que tinha sido previsto", disse Rignot.

As previsões da equipes de cientistas são muito importantes para moradores de comunidades costeiras. Cerca de 600 milhões de pessoas, 10% da população mundial, vivem em áreas mais baixas.

Em Lowestoft, na costa leste da Grã-Bretanha, por exemplo, David Kemp, um agente encarregado de proteção costeira para a Agência Ambiental britânica, afirma que apenas pequenos aumentos no nível do mar podem decisivos.

"Se está dez centímetros abaixo da altura das defesas, então não há problema", diz Kemp. "Mas se está dez centímetros acima, então poderemos enfrentar devastação."

Fonte: BBC Brasil

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Alvo do G20, paraísos fiscais recebem 70% dos investimentos brasileiros no exterior

Apontados na reunião do G20 como vilões do sistema financeiro internacional, os paraísos fiscais são destino ou passagem de 70% dos investimentos brasileiros no exterior.

De acordo com dados do Banco Central, os investimentos diretos de empresas brasileiras em outros países somaram US$ 103,9 bilhões em 2007 - último ano de que se dispõe de dados consolidados.

Desse total, metade foi cadastrada nas Bahamas e nas Ilhas Cayman.

As contas correntes nesses países também são procuradas por pessoas físicas. Dos US$ 22 bilhões que brasileiros tinham depositados no exterior, 34% passaram pelos cofres de instituições com sede em paraísos fiscais.

O tema foi um dos destaques na reunião do G20, em Londres. Os líderes do grupo querem maior transparência no sistema financeiro internacional - sem exceções - e concordaram, inclusive, em aplicar sanções contra os países que se negarem a reformular sua legislação bancária.

Alternativas

Especialistas dizem que a iniciativa do G20, se realmente implementada, não deverá prejudicar as empresas que, de forma legal, incluíram os paraísos fiscais em sua gestão tributária.

"As que utilizam a estrutura dos paraísos de forma legítima não têm com que se preocupar", diz o economista Rafael Paschoarelli, da Fundação Instituto de Administração (FIA).

Ele acredita que se, de alguma forma, houver redução das vantagens nos paraísos fiscais, as empresas vão migrar para outros lugares. "Elas terão criatividade para buscar alternativas", diz.

Ainda na avaliação de Paschoarelli, as mudanças, de uma forma geral. são "bem-vindas".

"As regras do jogo permitem que as empresas usem os paraísos fiscais de forma legítima. Mas isso não é bom para o sistema como um todo", afirma.

O economista Otto Nogami, do Ibmec-SP, diz que as empresas montaram uma complexa engenharia tributária nesses países para fugir de impostos.

Além disso, segundo Nogami, acabam mantendo o dinheiro "estacionado" nesses locais, para tirar vantagem de aplicações financeiras com menor custo.

"Os paraísos fiscais são estacionamentos de baixo custo para o capital. Restringi-los poderá fazer com que esse dinheiro se desloque para setores produtivos", diz o economista.

Vantagens

Os especialistas acreditam que o Brasil pode ganhar com uma maior restrição aos paraísos fiscais.

Celso Costa, advogado tributarista do escritório Machado Meyer, diz que, apesar de muitas empresas e pessoas idôneas terem contas nesses países, "há fortes indícios" de que os paraísos fiscais acabem contribuindo para crimes de lavagem de dinheiro e de evasão fiscal.

Um dos motivos está no fato de que as instituições financeiras nesses países não exigem informações sobre a origem do dinheiro.

"Estamos partindo para um mundo globalizado, mas com mais controle. E para que haja uma regulamentação efetiva, os paraísos fiscais perderão espaço", diz Costa.

Já o economista da FIA lembra que, se os paraísos fiscais perderem seu apelo, a tendência é de que as empresas paguem os impostos em seus países de origem.

"Existe aí uma possibilidade de aumento na arrecadação. Esse dinheiro pode ficar no Brasil", diz Paschoarelli.

Os países do G20 querem que os paraísos fiscais abram um pouco mais a "caixa-preta" e aceitem dividir com o resto do mundo algumas informações fiscais sobre os clientes. Um dos objetivos é evitar a sonegação tributária.

Lista

Após a cúpula de Londres, na semana passada, os membros do G20 pediram à OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) que divulgasse uma lista com os principais paraísos fiscais do mundo - e apontasse aqueles que, nos últimos anos, não se comprometeram a fazer mudanças.

Entre os que se encaixam nesta categoria estão Costa Rica, Malásia e Filipinas. O Uruguai chegou a ser citado, mas logo depois anunciou seu comprometimento e foi retirado da relação.

O levantamento da OCDE mostra ainda os países que se comprometeram em adotar medidas de transparência, mas que ainda não fizeram mudanças substanciais.

Nessa categoria estão mais de 30 países, entre eles Suíça, Bahamas, Cayman e Mônaco.

A OCDE, no entanto, diz que o objetivo não é acabar com os paraísos fiscais.

"Somos a favor da competição econômica, inclusive em tributos. Mas desde que seja justo e aberto", diz um relatório da instituição, que está atuando como braço do G20 na questão.

Um estudo do Senado americano, divulgado no final do ano passado, aponta que os Estados Unidos deixam de arrecadar US$ 100 bilhões por ano em função de "abusos tributários" envolvendo os paraísos fiscais.

Das 100 principais empresas americanas negociadas em bolsa, 83 têm subsidiárias em paraísos fiscais.

Segundo o relatório, não se pode afirmar que a principal motivação seja o pagamento de menos impostos, mas essa seria uma das principais consequências.

Fonte: BBC Brasil

Salário no Brasil subirá mais que média global, diz consultoria

Os salários no Brasil deverão ter um aumento nominal médio de 6,4% em 2009, maior do que o do ano passado e superior ao da média global, de 4,7%. Os índices não levam em conta a desvalorização da moeda provocada pela inflação.

Os dados são da consultoria ECA International, empresa com sedes em Londres, Nova York, Sydney e Hong Kong.

A pesquisa Tendências Salariais, realizada em 53 países, estima que a média de reajuste no Brasil - sem descontar o valor da inflação - terá um leve aumento de 6,2% em 2008 para 6,4% em 2009.

No ranking geral, liderado pela Venezuela pelo segundo ano consecutivo, o Brasil ficou em 14º lugar, quatro posições acima em relação à listagem anterior. Na segunda colocação está a Argentina, seguida pela Índia.

Na avaliação da consultoria, tanto na Venezuela como na Argentina e no Brasil, os resultados são motivados, entre outros fatores, pela pressão inflacionária.

"O Brasil parece estar lidando bem com os efeitos da crise financeira internacional. Como resultado, as empresas se mantiveram otimistas ao mesmo tempo em que as projeções de inflação continuaram robustas", diz um comunicado da ECA, que não descarta, no entanto, que as previsões para o Brasil poderão ser revistas até o fim do ano.

Já na Índia, os ganhos de 10,8% nos rendimentos de 2009 deverão ser motivados por uma "escassez de talentos", afirma a consultoria.

Salários congelados

Em último lugar no ranking está o Japão, que vem sendo fortemente abalado pela crise financeira global. Na avaliação da consultoria, cerca de metade das companhias japonesas pretendem congelar os salários este ano.

Segundo a ECA International, nos Estados Unidos, que ficaram em 36º lugar na lista, mantendo a colocação do ano passado, cerca de 40% das empresas não farão reajustes salariais até o fim do ano.

Na média, os trabalhadores americanos terão reajustes de 2,8%, uma queda em relação aos 4% previstos pela consultoria em uma sondagem similar realizada em setembro do ano passado, pouco antes de a crise financeira se agravar.

A nível global, os aumentos salariais devem sofrer uma redução de 6,2% em 2008 para 4,7% este ano, como resultado de cortes de gastos das empresas para enfrentar os efeitos da crise global.

"A recessão levou muitas firmas a revisarem os reajustes salariais. Nossos dados mostram que, globalmente, as companhias diminuíram em mais de um terço os reajustes que previam oferecer em 2009", afirmou Lee Quane, um dos diretores da consultoria.

Ainda de acordo com a ECA International, mais de um quarto da empresas em todo o mundo pretendem congelar os salários este ano.

Fonte: BBC Brasil

Coreia do Norte promete reagir contra qualquer condenação da ONU

A Coreia do Norte afirmou nesta terça-feira que qualquer condenação por parte do Conselho de Segurança da ONU a respeito do lançamento de um foguete que supostamente carregaria um satélite, no último domingo, terá consequências "firmes".

As declarações foram feitas pelo embaixador adjunto de Pyongyang na ONU, Pak Tok-hun, em um momento em que o Conselho de Segurança discute eventuais punições ao país por conta do lançamento.

"Se o Conselho de Segurança tomar qualquer medida, nós a consideraremos uma invasão de nossa soberania e medidas necessárias e firmes se seguirão", disse o diplomata a repórteres nesta terça-feira.

Pak Tok-hun reafirmou ainda a posição norte-coreana de que o lançamento foi o teste de um satélite de telecomunicações, e não de um míssil de longo-alcance, como suspeitam Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão.

"Todos os países tem o direito inalienável de usar o espaço de maneira pacífica. Muitos países já lançaram satélites. Isto quer dizer que todos os países estão autorizados a lançar satélites, menos nós. Não é justo", disse o diplomata.

"Foi (o lançamento) de um satélite. Todos podem distinguir um satélite de um míssil, e não era um míssil", completou.

Pressão

Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão argumentam que o lançamento viola a Resolução 1.718 do Conselho de Segurança da ONU, adotada em outubro de 2006 e que proíbe a Coreia do Norte de desenvolver atividades balísticas.

O Japão e os Estados Unidos estão pressionando o Conselho de Segurança a aprovar uma resolução que reforce e possivelmente estenda as sanções já existentes contra a Coreia do Norte.

Aprovadas após um teste nuclear em 2006, no entanto, as sanções financeiras e a proibição de viagens contra os norte-coreanos nunca foram realmente aplicadas.

Segundo a correspondente da BBC na ONU, Laura Trevelyan, a eficácia do embargo de armas imposto contra Pyongyang também é questionável, já que país mostrou que possui a tecnologia para lançar um satélite.

Discussões

No último domingo, o governo russo afirmou que o lançamento norte-coreano "causa preocupação", mas alertou contra "conclusões precipitadas" contra o país.

Já o governo chinês, aliado de longa data do governo norte-coreano, afirmou que o país tem o direito de possuir um programa espacial pacífico e disse que outras sanções contra Pyongyang não seriam produtivas.

China e Rússia, assim como Estados Unidos, Grã-Bretanha e França, possuem poder de veto no Conselho de Segurança da ONU, por serem membros-permanentes do órgão.

As discussões a respeito da questão continuam no Conselho de Segurança.

Fonte: BBC Brasil

Argentina enfrenta surto inédito de dengue

Dados divulgados nesta segunda-feira pelo Ministério da Saúde da Argentina apontam que o país registrou 7.415 casos de dengue desde o início de 2009, no que está sendo considerado um surto histórico da doença no país.

O número de mortos pela doença já teria chegado a nove, segundo a imprensa local, mas o governo fala em apenas duas mortes por dengue hemorrágica confirmadas em todo o país.

Em entrevista à BBC Brasil, o diretor nacional de Prevenção de Doenças e Riscos do Ministério da Saúde, Hugo Fernández, afirmou que o número de afetados é inédito na história argentina.

"É um número inédito para nosso país", disse Fernández, que afirmou que a Argentina foi afetada, principalmente, pelo contágio da epidemia registrada na Bolívia, onde ocorreram cerca de 50 mil casos de dengue neste ano.

"A Província de Salta, na fronteira com a Bolívia, foi logo afetada. Depois, Salta passou para Jujuy, também no norte do país, e assim foi que hoje temos vários lugares com a presença da dengue", disse.

Quando perguntado se algum desses casos poderia ter sido "importado" do Brasil, ele respondeu: "Nosso problema hoje é, principalmente, efeito do que ocorreu na Bolívia".

Fernández recorda que a Argentina registrou uma epidemia de dengue em 1916 e que, depois disso, erradicou a doença, que é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.

No final da década de 1980, surgiram casos isolados da doença e, em 1997, a dengue reapareceu no país.

Segundo Fernández, o recorde anterior havia sido em 2004, quando foram registrados 1.500 casos da doença.

Surto

De acordo com o diretor de Epidemiologia do Ministério da Saúde, Juan Carlos Bossio, atualmente, dezenove das 23 Províncias do país, além da capital federal, estão sendo afetadas pela doença.

Segundo ele, deste total, 13 Províncias foram atingidas pela "dengue importada" (de outra Província ou país vizinho) enquanto as outras seis têm casos próprios.

Bossio afirmou que, em determinadas localidades, como na Província do Chaco, existe um "surto epidêmico".

Também nesta segunda-feira, o governo da capital Buenos Aires anunciou que 133 casos de dengue foram registrados na cidade.

Para tentar combater o mosquito transmissor, o governo tem usado carros e caminhões para lançar inseticida e repelente em vários pontos de Buenos Aires e também de cidades das Províncias do norte do país.

"Mas este trabalho dos carros e caminhões não mata o ovo do mosquito. As pessoas precisam evitar água parada e tomar outras providências em casa", afirma a especialista Silvia González Ayala, professora da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nacional de la Plata

As explicações básicas, tão conhecidas dos brasileiros, parecem novidade na Argentina. Uma novidade que está sendo repetida por meio de campanhas na imprensa local.

Motivos

Os especialistas tentam agora descobrir os motivos que levaram a dengue se intensificar na Argentina.

Para alguns, o motivo seria o aquecimento global e a presença prolongada do calor, como afirma Silvia Ayala.

Outros, como as autoridades da Província de Salta, no entanto, afirmam que a dengue é resultado da falta de saneamento básico e da pobreza em algumas regiões do país.

"A pobreza é a música de fundo de todas estas doenças, mas também tem gente com poder aquisitivo alto que está sofrendo com a dengue, talvez por não saber como evitar que o mosquito ganhe terreno", disse ao canal de televisão TN uma autoridade de epidemiologia de Salta, onde foram registrados mais de 1.000 casos de dengue.

Já o infectologista Tomás Orduna, do Hospital Muñiz, de Buenos Aires, afirma que a causa do surto pode ser a falta de prevenção.

"As cidades (da Argentina) estão cheias de garrafas, lixões, além de piscinas que não são usadas. O impacto da dengue poderia ter sido amenizado se não fossem esses pontos de criação do mosquito", disse.

Para o presidente da Federação Sindical de Profissionais de Saúde, Jorge Yabkowski, o surto de dengue na Argentina - país que já foi modelo no setor - "expõe a ausência de políticas públicas de saúde tanto do Estado nacional quanto das Províncias".

Fonte: BBC Brasil

Equador pedirá indenização de US$ 210 milhões à Odebrecht

O governo do Equador anunciou nesta terça-feira que pretende processar a construtora brasileira Odebrecht por crime de peculato e exigirá uma indenização de US$ 210 milhões pelas falhas apresentadas na construção da usina San Francisco, obra de responsabilidade da empresa brasileira.

A decisão tem como base uma auditoria realizada pela empresa italiana Electroconsult, que determinou ter havido "negligência grave" da empreiteira durante a execução da obra da usina que teve que ser desativada poucos meses depois de ser inaugurada.

"É fácil concluir que o Equador foi fraudado pela Odebrecht. Pelos cálculos (realizados) e pela vía juridíca se exigirá US$ 210 milhões", afirmou Jorge Glass, presidente do Fundo de Solidariedade do Equador, instituição responsável pelo setor elétrico no país.

"Não existirá canto no mundo em que não perseguiremos a Odebrecht para executar a sentença que acreditamos que nos será favorável", acrescentou Glas, sem determinar em qual tribunal o governo equatoriano pretende apresentar a demanda contra a empresa brasileira.

De acordo com a auditoria, a obra da usina apresenta 17 falhas estruturais. " A obra não foi concluída sob as especificações técnicas correspondentes" do contrato, afirmou Glass.

O Fundo de Solidariedade afirma que funcionários brasileiros e equatorianos estariam envolvidos nas irregularidades da construção. O governo equatoriano também pretende processar a empreiteira por "crime de peculato", quando um funcionário se apropria de dinheiro público.

"Repúdio"

A Odebrecht, por meio de uma nota oficial, "repudia as acusações e conclusões antecipadas" difundidas pelas autoridades.

A empreiteira afirma "desconhecer" o conteúdo da auditoria e acrescentou que o relatório equatoriano "não é definitivo" por ter sido encomendado de maneira unilateral pelo Equador, sem a imparcialidade necessária.

A Odebrecht disse ter contratado uma empresa internacional de energia para realizar uma análise técnica da obra.

Polêmica

A disputa entre o Equador e a Odebrecht foi o pivô de uma crise diplomática com o Brasil no ano passado.

O impasse veio à tona quando o presidente do Equador Rafael Correa expulsou a empresa do país em resposta a uma decisão inicial da empresa de não assumir os custos de reparação das falhas apresentadas na usina San Francisco.

Com uma potência prevista de 230 megawatts e com capacidade para abastecer 12% da energia do país, a central San Francisco foi construída pelo Consórcio Odebrecht e inaugurada em junho de 2007. Um ano depois, a San Francisco começou a apresentar falhas e foi fechada, o que, de acordo com o governo equatoriano, colocou em risco o abastecimento do país.

Logo depois da expulsão da empresa, o governo do Equador entrou com uma ação internacional para suspender o pagamento da dívida de US$ 243 milhões contraída com o BNDES para a construção da usina hidrelétrica San Francisco. Na época, o governo equatoriano alegou supostas violações legais e constitucionais no contrato.

A demanda, que foi apresentada na Câmara de Comércio Internacional (CCI) em Paris, provocou a reação do governo brasileiro, que chamou o embaixador do Brasil em Quito para consulta.

Fonte: BBC Brasil

Discurso de Obama recebe elogios no Oriente Médio

O ministro do Exterior da Síria elogiou o discurso do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, sobre questões árabes e muçulmanas na Turquia e disse que muitos árabes foram encorajados pelas promessas do líder norte-americano de trabalhar pela criação de um Estado palestino. Em sua primeira visita como presidente a uma país predominantemente islâmico, Obama dirigiu-se aos árabes e muçulmanos em seu discurso em Ancara e disse que os Estados Unidos "não estão e nunca estarão em guerra com o Islã". Ele também falou sobre o processo de paz árabe palestino dizendo que vai "insistir ativamente" no objetivo de criar um Estado palestino.

Em entrevista publicada hoje, o ministro do Exterior sírio, Walid al-Moallem, disse que o discurso de Obama "reflete uma clara atenção na direção de uma solução de dois Estados". Al-Moallem disse que as palavras de Obama são "importantes" e "positivas". Mas afirmou que os árabes esperam que Washington pressione o novo governo do primeiro-ministro linha-dura de Israel, Benjamin Netanyahu, a aceitar a criação de um Estado palestino. "Nós precisamos ver como os Estados Unidos vão lidar com o governo israelense, que representa a extrema-direita, e continua a rejeitar a solução de dois Estados", disse al-Moallem ao jornal libanês As-Safir.

O ministro do Exterior egípcio, Ahmed Aboul Gheit, elogiou as declarações de Obama como "criteriosas e críveis". O escritório de Netanyahu divulgou ontem um comunicado dizendo que Israel vai "trabalhar de perto" com os Estados Unidos no processo de paz, mas não fez menção à solução de dois Estados.

A Síria é um dos grandes testes para as tentativas da administração Obama de estabelecer um novo tom nas relações com os países do Oriente Médio. O predecessor de Obama, George W. Bush, procurou isolar a Síria para tentar forçá-la a deixar seu apoio a grupos militantes como o libanês Hezbollah e o palestino Hamas e a fazer mais para evitar que militantes entrem no Iraque. A administração Obama disse que quer um diálogo com a Síria, bem como com seus aliados e o maior rival regional de Washington, o Irã.

Fonte: Estadão

Bolívia e EUA aceitam retomar cooperação antidrogas

A Bolívia e os Estados Unidos decidiram retomar sua cooperação contra o narcotráfico, com uma verba de mais de 26 milhões de dólares prometida por Washington, disse na terça-feira o governo boliviano, em sua primeira aproximação após sete meses de rompimento diplomático.

Os recursos norte-americanos se somam a um fundo de 20 milhões de dólares destinado neste ano pelo governo de Evo Morales para os programas de repressão a narcotraficantes e erradicação de cultivos ilegais de coca, dos quais não se conhecem detalhes.

"Havendo um aporte nacional, mais o aporte internacional, mas também que são os esforços da região, estão garantidas todas as condições para continuar as operações na luta contra o narcotráfico", disse a jornalistas o ministro de Governo, Alfredo Rada.

O anúncio foi feito ao final de uma reunião de Rada com o encarregado de negócios norte-americano Kris Urs, que comanda a embaixada desde a expulsão do embaixador Philip Goldberg, em setembro, acusado pelo governo de participar de uma conspiração com a oposição de direita.

Posteriormente, La Paz expulsou também os agentes da DEA (agência antidrogas dos EUA) e um secretário da embaixada norte-americana. Washington retaliou expulsando o embaixador boliviano, Gustavo Guzmán, deixando assim as relações bilaterais à beira da paralisia.

Com a crise diplomática, a Bolívia perdeu uma verba norte-americana que era vital para a destruição das lavouras de coca. No entanto, segundo Rada, isso ficou superado com o acordo alcançado na terça-feira, a ser confirmado "nos próximos dias" com a assinatura de um adendo ao convênio global de luta contra o narcotráfico atualmente em vigor.

Morales em várias ocasiões acusou os EUA de usar a cooperação antidrogas como "instrumento de desestabilização política".

O presidente indígena, que lidera uma campanha mundial pela despenalização do arbusto da coca, disse na semana passada que a ausência do financiamento norte-americano teria impedido a Bolívia de cumprir sua meta de erradicação das lavouras ilegais no primeiro trimestre, fato que ele atribuiu a um suposto plano para desacreditar seu governo.

A Bolívia é o terceiro maior produtor mundial de cocaína, atrás de Colômbia e Peru. Seus cultivos legais e ilegais somam, juntos, entre 27 e 28 mil hectares, segundo cálculos oficiais.

O governo de Morales anunciou que pretende erradicar neste ano ao menos 5.000 hectares de coca, igualando o resultado de 2008.

Além de ser matéria-prima da cocaína, a coca também se presta a usos tradicionais na Bolívia - por exemplo, é mascada para combater os efeitos da altitude e da fome sobre o organismo.

Fonte: Estadão

terça-feira, 7 de abril de 2009

Novo terremoto volta a abalar a Itália; mortos na região de L'Aquila passam de 200

A região da cidade de L'Aquila, em Abruzzo, no centro da Itália, voltou a sofrer um forte abalo sísmico, no ínicio da noite desta terça-feira (hora local), um dia depois do terremoto que matou mais de 200 pessoas. O novo tremor não causou nenhuma morte, segundo os bombeiros.

Anteriormente, autoridades haviam informado que uma pessoa, moradora de Santa Rufina di Roio, a sete quilômetros de L'Aquila, teria morrido.

As cidades de Fossa, Rocca di Cambio e Sant'Eusanio estão em um raio de três quilômetros do epicentro do novo terremoto e foram as mais afetadas, segundo a Defesa Civil

O terremoto desta terça-feira foi de 5,6 graus na escala Richter, segundo o Instituto de Geofísica dos EUA, e ocorreu às 19h45 (hora local, 14h45 pelo horário de Brasília). Os moradores de Roma voltaram a sentir a terra tremer com o novo abalo.

Com o tremor desta terça, alguns prédios já danificados no terremoto de segunda ficaram totalmente destruídos. As equipes de resgate que trabalhavam na busca por sobreviventes foram surpreendidas.

A magnitude do terremoto que deixou mais de 200 mortos na segunda-feira foi de 6,3 graus na escala Richter, segundo o Instituto de Geofísica dos EUA. No entanto, o Instituto Nacional de Geofísica da Itália diz que foi de 5,8 graus.

Sem ajuda internacional
Nesta terça-feira, o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, declarou que seu país não precisa de ajuda internacional para socorrer as vítimas do terremoto que atingiu a região de Abruzzo na madrugada desta segunda-feira (6).

"Agradeço aos países estrangeiros por sua solidariedade, mas pedimos a eles que não mandem ajuda", disse Berlusconi, que concedeu uma entrevista coletiva na cidade de L'Aquila, epicentro do temor, que atingiu 6,3 graus na escala Richter e, segundo o próprio primeiro-ministro, matou 207 pessoas, das quais 17 ainda não foram identificadas.

O premier, que retornou hoje à área mais atingida pelo desastre, afirmou ainda que a Itália "é capaz de responder sozinha às exigências". "Somos um povo altivo. Agradeço, mas somos suficientes sozinhos", ressaltou ele.

Além disso, Berlusconi assegurou que 30 milhões de euros serão destinados de forma imediata aos desabrigados. Porém, ele afirmou que posteriormente será feito um pedido aos fundos europeus que pode chegar a algumas centenas de milhões de euros.

Segundo o Consulado do Brasil em Roma, ainda não há informações sobre brasileiros feridos. Nenhum brasileiro entrou em contato com o serviço consular para alegar problemas causados pelo terremoto. O Consulado não soube precisar o número de brasileiros que vive na região de Abruzzo.

Resgate
Equipes de resgate usam escavadeiras e as próprias mãos na busca por sobreviventes. Mais de 24 horas depois de que o tremor sacudiu a região, equipes de emergência retiraram dois estudantes na manhã desta terça-feira (7) dos escombros de prédios em L'Aquila, a cidade de montanhas mais atingida pelo terremoto.

Fontes dos serviços de emergência disseram à agência de notícias Efe que, desde a madrugada da segunda-feira, foram captados 300 movimentos telúricos de maior ou menor intensidade. A réplica mais prolongada aconteceu à 1h15 (20h15 de Brasília da segunda-feira) com uma magnitude de 4,8 graus na escala Richter, que amedrontou os que tentavam dormir e interrompeu os trabalhos de resgate.

O primeiro-ministro italiano informou também que, nas áreas atingidas, trabalham mais de 7 mil pessoas nas operações de resgate e socorro e também afirmou que estes novos tremores estão colocando em risco a vida das equipes de resgate, mas disse que a busca por sobreviventes deve continuar. As previsões do tempo indicam também chuvas, o que dificulta os trabalhos.

Cerca de 100 pessoas foram retiradas com vida dos escombros. Mas muitos ainda estão desaparecidos a Defesa Civil diz que as esperanças de encontrar mais alguém com vida diminui a cada hora.

Na madrugada, equipes de resgate conseguiram salvar a jovem Marta Valente, que estava presa nos escombros de um imóvel de quatro andares que desabou devido ao terremoto.

A jovem dormia no momento em que o edifício que morava desabou. Vários pedaços grandes de cimento armado impediram que ela fosse atingida gravemente pelos escombros.

Simone De Meo contou à agência Efe que acordou às pressas o irmão, que estava dormindo, mandando que pusesse os sapatos e saísse para rua. "Nesse momento, senti muito pânico", afirmou.

Outro desabrigado, Giuseppe Cesarano, lembrou que sentiu o tremor mais forte com pedaços das paredes de seu quarto, que se soltaram, e com o corte da corrente elétrica. "Acordei e desci correndo para o jardim de casa."

Sua amiga Daniela Petito afirmou que nada dava a entender que o tremor da madrugada aumentaria até ficar tão forte, porque os dois anteriores haviam sido "bem suaves".

Desabrigados
Fontes dos serviços de emergência disseram que ainda não houve a apuração definitiva dos desabrigados que dormiram nas tendas de campanha, nem se sabe quantas pessoas passaram a noite nos seus carros.

Também não se sabe quantas pessoas deixaram a cidade e foram para Pescara, cidade próxima a L'Aquila, dormir nos hotéis do Adriático.

O premiê italiano falou também sobre a situação dos milhares de evacuados que na noite passada tiveram que dormir ao ar livre, diante da impossibilidade de voltar para casa, e anunciou a instalação de mais tendas de campanha.

Vinte novas instalações serão habilitadas, com 2.416 tendas de campanha com capacidade para 14,5 mil pessoas e nas quais serão colocadas em funcionamento 16 cozinhas de acampamento. O Exército ofereceu ainda 105 tendas, 1.500 cobertores e 1.400 camas de campanha, além de 13 escavadeiras, uma cisterna e torres de iluminação.

Fonte: UOL

Manifestantes invadem Parlamento da Moldávia

Manifestantes na capital da Moldávia, Chisinau, invadiram o Parlamento em protesto contra a vitória do partido do governo, o Comunista, nas eleições gerais do último domingo.

Testemunhas afirmam que uma multidão invadiu o prédio quebrando as janelas do andar térreo. Logo em seguida móveis foram jogados para fora do prédio e incendiados.

Segundo o correspondente da BBC em Kiev Gabriel Gatehouse, os manifestantes também invadiram o gabinete presidencial alegando que as eleições gerais de domingo foram fraudulentas.

A tropa de choque reagiu disparando gás lacrimogêneo e canhões de água. O canal de televisão estatal da Moldávia informou que, segundo a polícia, uma mulher morreu intoxicada devido ao monóxido de carbono da fumaça dos incêndios.

O presidente, Vladimir Voronin, pediu o fim do que ele chamou de "desestabilização".

"Questionar os resultados da eleição não mais do que um pretexto", teria dito Voronin durante uma reunião do gabinete de governo segundo a agência de notícias Interfax.

O responsável pela área de política externa da União Europeia, Javier Solana, pediu que os dois lados não se envolvam em violência.

"Peço que todos os lados evitem a violência e a provocação. Violência contra prédios do governo é inaceitável", afirmou Solana em uma declaração.

"Igualmente importante é o respeito ao direito inalienável de reunião de manifestantes pacíficos", acrescentou.

Ex-república soviética

A Rússia também manifestou sua preocupação com a antiga república soviética. O vice-ministro do Exterior russo, Grigory Karasin, afirmou que está preocupado com os protestos que, segundo ele, foram provocados.

Mais de 30 pessoas, incluindo manifestantes e policiais, ficaram feridos nos confrontos em Chisinau, segundo informações dos serviços de saúde.

Segundo informações canais locais de televisão estão fora do ar e a rádio nacional está transmitindo música folclórica.

Nenhuma informação sobre os protestos teria sido incluída nos boletins da rádio nacional.

Representantes da oposição estão entre os manifestantes. O prefeito da capital, Dorin Chirtoaca, que é o vice diretor do Partido Liberal, de oposição, afirmou que os protestos eram justificados, "pois as pessoas não votaram para os comunistas em números tão grandes".

Os comunistas conseguiram 50%dos votos na eleição que foi declarada "justa" por observadores.

O Partido Liberal conseguiu quase 13% dos votos e o Partido Liberal Democrata ficou com 12%.

O presidente Voronin deve renunciar ao cargo depois de dois mandados. Pela Constituição do país ele não pode concorrer a um terceiro termo no cargo, apesar de ter indicado que quer permanecer envolvido com os negócios de Estado.

O Parlamento deve escolher o sucessor do presidente e os comunistas têm a maior representação de partido no Parlamento, mas não tem os votos necessários para escolher o presidente sozinhos.

Se nenhum presidente for escolhido até 8 de junho, outra eleição parlamentar deve ocorrer no país.

Fonte: BBC Brasil

Presidente de Ruanda acusa ONU de covardia no genocídio

Em um discurso nesta terça-feira para marcar os 15 anos do genocídio de Ruanda, o presidente do país, Paul Kagame, acusou a ONU de ter culpa e de ter agido com covardia na época do incidente.

"Não somos como os que abandonaram aqueles que eles vieram proteger", disse ele para cerca de 20 mil pessoas reunidas na capital, Kigali.

"Eles os abandonaram para serem mortos. Não seriam eles culpados? Acho que foi também covardia. Eles se foram sem disparar um único tiro."

"Não somos covardes. A comunidade internacional é parte dessa história e está na base desse genocídio", afirmou.

Abril de 1994

O genocídio em Ruanda começou após o avião do presidente Juvenal Habyarimana ter sido derrubado em abril de 1994.

Nos cem dias seguintes, cerca de 800 mil pessoas, a maioria integrantes da etnia tutsi, foram mortos por milícias da etnia hutu.

O genocídio terminou quando rebeldes tutsis, liderados por Kagame, assumiram controle do país. Cerca de dois milhões de hutus se refugiaram no vizinho Congo desde então.

O discurso do presidente foi feito no bairro de Nyanza, onde cerca de cinco mil pessoas foram massacradas após as tropas de paz belgas da ONU terem deixado o local pouco depois de dez de seus homens terem sido mortos, no dia 7 de abril daquele ano.

Nyanza se transformou em um símbolo do fracasso da ONU durante o genocídio.

Presente

Correspondentes dizem que Ruanda é um país que ainda luta para superar o ocorrido e conciliar as populações das duas etnias.

Alguns dos responsáveis pela violência foram julgados em um tribunal especial na Tanzânia, mas a maioria dos principais suspeitos continua sem ser indiciada.

A ativista Mary Kavitesi Blewit, fundadora do Fundo de Sobreviventes do Genocídio de Ruanda, perdeu 50 de seus familiares no evento.

Ela diz que conhecia vários dos responsáveis hutus e que "não houve justiça e, portanto, não é possível perdoar".

Fonte: BBC Brasil