"Não se trata apenas do fato de os norte-americanos não terem impedido a liderança georgiana de realizar esse ato criminoso. O lado norte-americano, em verdade, armou e treinou o Exército georgiano", afirmou Putin em uma entrevista concedida à emissora de TV CNN, parte da qual foi transmitida pelo canal de TV estatal da Rússia.
"Por que buscar uma difícil solução negociada em meio a um processo de paz? O mais fácil é armar um dos lados e levá-lo a matar o outro. E o trabalho estará realizado."
"Há a suspeita de que alguém dos EUA criou esse conflito com o objetivo específico de tornar a situação mais tensa e conferir uma vantagem competitiva a um dos candidatos que disputam a Presidência norte-americana", afirmou o premiê.
A crise iniciou-se no começo deste mês, quando a Geórgia tentou retomar, à força, o controle sobre a província separatista da Ossétia do Sul. A Rússia respondeu com uma devastadora contra-ofensiva.
As forças russas expulsaram o Exército georgiano da região rebelde e ainda ocupam algumas partes do território da Geórgia. Na terça-feira, o governo da Rússia anunciou o reconhecimento da independência da Ossétia do Sul e da Abkházia, uma outra região georgiana separatista.
Os EUA e a Europa exigem que a Rússia respeite o acordo de paz negociado via França e que retire todos os seus soldados da Geórgia, incluindo os soldados presentes em uma zona de segurança criada pelo governo russo.
Fonte: UOL/Reuters
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