quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Investidores tiraram US$ 16,4 bi da Rússia em meio a conflito

Dados do Banco Central russo mostram que as reservas estrangeiras do país caíram US$ 16,4 bi na semana que terminou no dia 15 de agosto, em relação à semana anterior.

Segundo analistas, esse pode ser um sinal de que os investidores estão mais cautelosos em aplicar seu dinheiro no país por causa do recente conflito com a Geórgia sobre a região separatista da Ossétia do Sul.

Uma reportagem publicada pelo jornal britânico Financial Times nesta sexta-feira diz que a queda recente nas reservas russas é a maior "desde que dados comparativos começaram a ser compilados" em 1998, apesar de uma queda semelhante ter sido registrada durante a crise monetária daquele ano.

As relações entre a Rússia e os países do Ocidente também têm sido afetadas pela oposição do governo russo à instalação, pelos Estados Unidos, de parte de um sistema antimísseis na Polônia.

A incerteza geopolítica tem contribuído para um aumento no preço do petróleo, em meio a temores de que o fornecimento do produto seja prejudicado.

"Os investidores tem percebido que o urso colocou sua pata no oleoduto, e o risco geopolítico deverá permanecer um fator importante no próximo mês", disse Justin Urquhart Stewart, diretor de investimentos da Seven Investment Management.

Geórgia

Por outro lado, a Geórgia tem feito apelos para que o Ocidente invista na reconstrução do país, que sofreu prejuízos por conta do conflito com a Rússia.

O Tesouro americano divulgou um comunicado em nome do G7 - grupo que reúne os países mais ricos do mundo - dizendo estar pronto para ajudar "a manter a confiança no sistema financeiro da Geórgia e ajudar sua reconstrução econômica".

O grupo também fez um apelo para que as autoridades georgianas, o Banco Mundial, o Banco Europeu para Reconstrução e Desenvolvimento, o Banco Asiático de Desenvolvimento, o Banco Europeu de Investimento e a Comissão Européia identifiquem e apóiem "a restauração dos serviços que construirão a base para um crescimento econômico futuro".

Fonte: BBC Brasil

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