A tempestade, que já deixou mais de 80 mortos na passagem por outras quatro ilhas caribenhas, também causou queda de energia em diversas partes da capital Havana.
Na Isla de la Juventud, a 250 km da costa cubana e por onde o furacão passou antes de chegar à principal ilha de Cuba, mais de 100 mil pessoas tiveram de deixar as suas casas para se proteger da tempestade.
Ainda assim, as autoridades locais disseram que "muitas" pessoas ficaram feridas, embora tenham dito não haver nenhum registro de morte.
Na noite deste sábado, Gustav era classificado como uma tempestade de categoria 4, mas meteorologistas previam que poderia passar para a categoria máxima 5 a qualquer momento, na escala de Saffir-Simpson.
Redes de TV americanas divulgaram informações de que a convenção do Partido Republicano, que tem início previsto para esta segunda-feira, poderá ser adiada por causa do furacão.
O presidente Raúl Castro disse, antes da chegada do furacão a Cuba, que estava confiante de que as medidas de emergência tomadas evitariam a ocorrência de muitas vítimas ou perdas materiais.
O correspondente da BBC em Havana Michael Voss disse que Cuba tem um dos mais eficientes esquemas de preparo e organização para retirada de moradores da região, mas que as más condições das casas na capital podem representar um risco adicional.
Cerca de 80 pessoas morreram na República Dominicana, Haiti e Jamaica por causa do furacão, que também passou pelas Ilhas Cayman, onde não há relatos de vítimas.
Nova Orleans
Segundo as previsões do Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos, Gustav deverá atingir a costa americana - em algum local entre o sul do Texas e a Flórida - até terça-feira.
As autoridades de Louisiana, que poderá ser atingida por Gustav entre segunda e terça-feira, já começaram a retirar pacientes de hospitais e pessoas mais vulneráveis das áreas consideradas de risco.
Milhares de pessoas começaram a deixar Nova Orleans, mesmo antes de o prefeito Ray Nagin anunciar a evacuação obrigatória, na noite desde sábado. Nagin já governava a cidade em 2005, quando o furacão Katrina causou 1,5 mil mortes e devastação em Nova Orleans.
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, declarou estado de emergência na Louisiana e no Texas.
A Casa Branca informou que será enviada ajuda federal para complementar os esforços estaduais e locais para conter os danos que podem ser provocados pelo furacão.
Fonte: BBC Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário