Para ele, a proposta para elevar a participação do capital da União na companhia de cerca 40% para 60% é inviável. O ministro explicou que 20% dos acionistas minoritários teriam que concordar em não exercer o direito de aumentar seu capital na empresa. "A minha pergunta é: alguém deixará de exercê-lo?"
A Petrobras defende o aumento da participação da União na empresa como forma de se fortalecer para investir nas descobertas do pré-sal. O plano da companhia prevê que a operação seria feita por meio de uma emissão privada que permitiria à União elevar de 40% para 60% sua participação.
Estimativas preliminares indicam que a capitalização poderia gerar até US$ 100 bilhões aos cofres da Petrobras.
Lobão considera extremamente elevado o valor de US$ 40 bilhões que a União teria que dispor para manter os atuais 40% no capital total da Petrobras.
Sobre a criação de uma nova estatal para explorar o pré-sal, o ministro disse não achar que o acionista da Petrobras irá perder com a criação da nova estatal de petróleo para cuidar do pré-sal. "O acionista só deixará de ganhar absurdamente", afirmou.
Em conversas com ministros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que criará uma nova estatal para cuidar apenas das reservas de petróleo da camada pré-sal ainda não leiloadas. A notícia foi veiculada pela Folha.
Segundo participantes do encontro, Lula afirmou já ter decidido que é necessária uma empresa só para cuidar do assunto. Além disso, o presidente planeja usar os recursos da extração futura do petróleo do pré-sal para combater a pobreza e investir em educação.
A camada pré-sal se estende por cerca de 800 quilômetros, entre os Estados do Espírito Santo e Santa Catarina, e engloba três bacias sedimentares (Espírito Santo, Campos e Santos). O petróleo encontrado está a profundidades superiores a 5 mil metros, abaixo de uma extensa camada de sal, que segundo geólogos, conservam a qualidade do petróleo. A Petrobras é uma das empresas pioneiras nesse tipo de perfuração.
Fonte: Folha
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