quinta-feira, 24 de julho de 2008
Em Berlim, Obama pede à Europa que continue ao lado dos Estados Unidos
Em discurso para multidão em praça, democrata defendeu cooperação no Afeganistão.
Ele também quer que parceiros encarem juntos os desafios ambientais e nucleares.
O provável candidato democrata à Presidência dos EUA, Barack Obama, pediu nesta quinta-feira (24) que a Europa fique ao lado dos Estados Unidos para trazer estabilidade ao Afeganistão e para enfrentar ameaças como a da mudança climática e a da proliferação nuclear.
Muito aplaudido, Obama falou para uma entusiasmada multidão em Berlim, na Coluna da Vitória, na Praça Tiergarten. Segundo a polícia alemã, 200 mil pessoas assistiram ao discurso.
Ele disse que os EUA não têm parceiro melhor que a Europa e que os aliados devem resistir à tentação de "se virarem as costas".
"Ninguém dá as boas vindas à guerra. Eu reconheço as enormes dificuldades no Afeganistão", disse. "Mas meu país e o seu têm um papel no fato de a primeira missão da Otan fora das fronteiras da Europa ser um sucesso. Pelas pessoas do Afeganistão, e pela nossa segurança conjunta, esse trabalho precisa ser feito, e a América não pode fazê-lo sozinha.
Obama disse que a Europa e os Estados Unidos têm de ficar juntos também para mandar ao Irã a mensagem de que ele deve abandonar suas ambições nucleares. Ele apelou para que ambos os lados superem suas diferenças em relação à guerra do Iraque para ajudar os "sofridos iraquianos" a reconstruir suas vidas.
Antes do discurso, Obama encontrou-se com a chanceler alemã, Angela Merkel. Depois, ele falou com o ministro alemão de Relações Exteriores alemão, Frank-Walter Stein.
Em 2003, Alemanha e EUA viveram seu momento de maior distanciamento político desde a Segunda Guerra Mundial, devido à oposição do governo alemão da época à guerra do Iraque.
Já Merkel, uma conservadora criada na antiga Alemanha Oriental, se empenha para restaurar esses laços e se tornou uma das maiores aliadas do governo de George W. Bush na Europa.
Os alemães estão acompanhando com atenção a campanha eleitoral norte-americana e, segundo uma pesquisa recente, 76% deles votariam em Barack Obama, contra 10% que apóiam seu rival, o republicano John McCain.
Os colunistas da imprensa alemã falavam de uma Berlim em plena febre da "Obamania".
A viagem européia de Obama começa no coração do continente que o atual governo norte-americano chamou ironicamente de "velha Europa", por sua firme oposição à invasão do Iraque. Ela continuará na sexta-feira em Paris e no sábado em Londres, antes de seu retorno a Chicago.
Alarme falso
O hall de entrada do hotel Adlon, onde Obama está hospedado em Berlim, teve de ser evacuado nesta quinta por causa de um pacote suspeito, que no fim era inofensivo.
Segundo a polícia, um taxista entregou no hotel um pacote destinado ao candidato democrata. As forças de segurança ordenaram esvaziarr o hall para que os agentes e os cães treinados para a detecção de explosivos pudessem examinar o objeto.
A polícia suspendeu o alarme poucos minutos após inspecionar o pacote, já que este não continha explosivos.
Na véspera da viagem de Obama a Berlim, também houve um percalço que colocou à prova as forças de segurança. A polícia deteve um homem que foi até a Coluna da Vitória, onde Obama fará um discurso.
O homem ultrapassou as dezenas de cercas de separação que isolaram o trânsito ao local, gritando que tinha uma bomba, ameaça que as investigações mostraram ser falsas.
Fonte: G1
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