Contrariando as suspeitas ocidentais, Teerã diz que seu programa nuclear se destina apenas à geração de eletricidade com fins pacíficos.
Falando ao Boletim dos Cientistas Atômicos, Mohammed El Baradei afirmou que não há provas concretas de que a República Islâmica mantenha atualmente um programa de armas nucleares.
"Mas de alguma maneira muita gente está falando sobre como o programa nuclear do Irã é a maior ameaça ao mundo. De muitas maneiras, acho que essa ameaça tem sido exagerada", afirmou, ressalvando que há uma preocupação quanto às futuras ambições nucleares iranianas, e cobrando mais transparência do país.
"Mas a ideia de que acordaremos amanhã e o Irã terá uma arma nuclear é uma ideia que não é apoiada pelos fatos que vimos até agora", disse El Baradei, 67 anos, que deixará o cargo em novembro, após ocupá-lo por 12 anos.
A entrevista, concedida em julho, foi divulgada na noite de terça-feira.
Na semana passada, um relatório da AIEA corroborou parcialmente informações ocidentais de que o Irã teria estudado formas de produzir armas nucleares, embora a agência diga repetidamente que não há provas concretas de que o país tenha tal intenção.
Fonte: UOL
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