O Brasil vai poder testar a eficiência das placas solares usadas para gerar energia elétrica. O primeiro laboratório brasileiro para avaliar o consumo de energia de equipamentos desse tipo que transforma radiação solar em eletricidade, será inaugurado nesta quarta-feira (18) na USP (Universidade de São Paulo).
Os equipamentos que se saírem melhor nos testes ganharão um atestado d
e qualidade do Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica), da Eletrobrás. O "Selo Procel de Economia de Energia", como é chamado, identifica os aparelhos mais eficientes e, com isso, estimula a fabricação de produtos que consomem menos eletricidade. Eletrodomésticos como geladeira, ar-condicionado e lâmpada já recebem o selo.
A estrutura a ser inaugurada na USP, o Laboratório de Etiquetagem de Sistemas Fotovoltaicos, está equipada com um Simulador Solar, importado da Alemanha, que faz uma simulação artificial dos raios do sol para testar a eficácia dos conversores. O local conta ainda com uma câmara climática, que vai testar a degradação do material ao ser exposto ao sol, avaliando a durabilidade de painéis e células fotovoltaicas. Os equipamentos custaram R$ 340 mil.
"Agora, vamos ter condições plenas de certificar equipamentos de geração fotovoltaica", afirma o chefe da divisão de suporto técnico do Procel, Emerson Salvador. "Vou saber quais equipamentos que geram mais energia e se o material empregado também é de qualidade, ou seja, se a vida útil dele vai ser mais prolongada."
O laboratório, por enquanto, não avaliará as placas solares que aquecem água de chuveiro, mas apenas os sistemas que abastecem imóveis com energia elétrica — usados principalmente em comunidades afastadas das redes de eletricidade e com poucos moradores, nas quais não é economicamente viável estender uma linha de transmissão. Situações como essa são especialmente comuns na Amazônia.
O laboratório foi montado no Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP e é apenas o primeiro de seis previstos para serem instalados em São Paulo até outubro e que integram o Projeto de Capacitação Laboratorial, coordenado pela Eletrobrás por meio do Procel. No total, serão investidos R$ 1,8 milhão, proveniente da Eletrobrás e parceiros como o GEF (Global Environment Facility), o Banco Mundial e o PNUD.
"A idéia é expandir o selo para outros produtos e fortalecer outros que já existem", afirma Salvador. Nos novos laboratórios, todos certificados pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), serão testados televisores, aquecedores elétricos, compressores industriais e outros equipamentos que consomem energia elétrica. Dois laboratórios ficarão na União Certificadora para o Controle de Conformidade de Produtos, no bairro do Jabaquara. Neles, vão ser realizados ensaios em lâmpadas, reatores, chuveiros e torneiras elétricos e até sistemas de hidromassagem.
Fonte: PNUD Brasil
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