quinta-feira, 26 de junho de 2008

Brasil vai testar eficiência de placa solar

O Brasil vai poder testar a eficiência das placas solares usadas para gerar energia elétrica. O primeiro laboratório brasileiro para avaliar o consumo de energia de equipamentos desse tipo que transforma radiação solar em eletricidade, será inaugurado nesta quarta-feira (18) na USP (Universidade de São Paulo).

Os equipamentos que se saírem melhor nos testes ganharão um atestado de qualidade do Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica), da Eletrobrás. O "Selo Procel de Economia de Energia", como é chamado, identifica os aparelhos mais eficientes e, com isso, estimula a fabricação de produtos que consomem menos eletricidade. Eletrodomésticos como geladeira, ar-condicionado e lâmpada já recebem o selo.

A estrutura a ser inaugurada na USP, o Laboratório de Etiquetagem de Sistemas Fotovoltaicos, está equipada com um Simulador Solar, importado da Alemanha, que faz uma simulação artificial dos raios do sol para testar a eficácia dos conversores. O local conta ainda com uma câmara climática, que vai testar a degradação do material ao ser exposto ao sol, avaliando a durabilidade de painéis e células fotovoltaicas. Os equipamentos custaram R$ 340 mil.

"Agora, vamos ter condições plenas de certificar equipamentos de geração fotovoltaica", afirma o chefe da divisão de suporto técnico do Procel, Emerson Salvador. "Vou saber quais equipamentos que geram mais energia e se o material empregado também é de qualidade, ou seja, se a vida útil dele vai ser mais prolongada."

O laboratório, por enquanto, não avaliará as placas solares que aquecem água de chuveiro, mas apenas os sistemas que abastecem imóveis com energia elétrica — usados principalmente em comunidades afastadas das redes de eletricidade e com poucos moradores, nas quais não é economicamente viável estender uma linha de transmissão. Situações como essa são especialmente comuns na Amazônia.

O laboratório foi montado no Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP e é apenas o primeiro de seis previstos para serem instalados em São Paulo até outubro e que integram o Projeto de Capacitação Laboratorial, coordenado pela Eletrobrás por meio do Procel. No total, serão investidos R$ 1,8 milhão, proveniente da Eletrobrás e parceiros como o GEF (Global Environment Facility), o Banco Mundial e o PNUD.

"A idéia é expandir o selo para outros produtos e fortalecer outros que já existem", afirma Salvador. Nos novos laboratórios, todos certificados pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), serão testados televisores, aquecedores elétricos, compressores industriais e outros equipamentos que consomem energia elétrica. Dois laboratórios ficarão na União Certificadora para o Controle de Conformidade de Produtos, no bairro do Jabaquara. Neles, vão ser realizados ensaios em lâmpadas, reatores, chuveiros e torneiras elétricos e até sistemas de hidromassagem.

Fonte: PNUD Brasil

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