A economia dos EUA perdeu 663 mil postos de trabalho em março, enquanto a taxa de desemprego subiu para 8,5%, maior desde novembro de 1983, quando estava no mesmo patamar. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira pelo Departamento do Trabalho.
No mês passado, o número de pessoas desempregadas no país atingiu 13,2 milhões. Nos últimos 12 meses, o número de desempregados cresceu em cerca de 5,3 milhões e a taxa de desemprego cresceu em 3,4 pontos percentuais. Metade do avanço tanto no número de desempregados como na taxa de desemprego ocorreu nos últimos quatro meses, segundo os dados do departamento.
O dado de janeiro, por sua vez, foi de novo revisto para baixo: naquele mês foram perdidas 741 mil vagas. A estimativa original era de queda de 598 mil empregos, dado que foi revisto no mês passado, para perda de 655 mil vagas.
O número superou as expectativas dos analistas, que previam a eliminação de 660 mil vagas no país em março. Já a taxa de taxa de desemprego ficou em linha com o esperado.
"Desde o início da crise, em dezembro de 2007, as perdas do emprego chegaram a 5,1 milhões, dos quais 3,3 milhões durante os cinco últimos meses", acrescentou o ministério em comunicado. Em fevereiro, o mercado perdeu 651 mil vagas.
"Desde o início da recessão, em dezembro de 2007, as perdas do emprego chegaram a 5,1 milhões, dos quais 3,3 milhões durante os cinco últimos meses", acrescentou o departamento em comunicado. Em fevereiro, o marcado perdeu 651 mil vagas, em janeiro foram 655 mil, e dezembro, o pior mês desde 1949, o fechamento foi de 681 mil postos.
Dados
Nesta semana já haviam sido divulgadas pesquisas mostrando números pouco animadores sobre o mercado de trabalho nos EUA. Na quarta-feira (1º), a consultoria de recursos humanos ADP Employer Services informou que o setor privado da economia americana perdeu 742 mil empregos no mês passado.
No mesmo dia, a consultoria Challenger Gray & Christmas informou que os anúncios de cortes de empregos nos EUA em março caíram 19,3%, para 150.411 postos de trabalho --menor número desde outubro de 2008, mas ainda assim, o cenário não é animador: o total de cortes no primeiro trimestre do ano ficou em 578 mil, maior número desde desde o quarto trimestre de 2001.
Ontem, o departamento informou que o número de pessoas que recebem seguro-desemprego há pelo menos duas semanas nos EUA bateu um novo recorde, ao chegar a 5,7 milhões. Trata-se do décimo recorde consecutivo nessa contagem.
Fonte: Folha Online
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