As declarações foram feitas pelo embaixador adjunto de Pyongyang na ONU, Pak Tok-hun, em um momento em que o Conselho de Segurança discute eventuais punições ao país por conta do lançamento.
"Se o Conselho de Segurança tomar qualquer medida, nós a consideraremos uma invasão de nossa soberania e medidas necessárias e firmes se seguirão", disse o diplomata a repórteres nesta terça-feira.
Pak Tok-hun reafirmou ainda a posição norte-coreana de que o lançamento foi o teste de um satélite de telecomunicações, e não de um míssil de longo-alcance, como suspeitam Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão.
"Todos os países tem o direito inalienável de usar o espaço de maneira pacífica. Muitos países já lançaram satélites. Isto quer dizer que todos os países estão autorizados a lançar satélites, menos nós. Não é justo", disse o diplomata.
"Foi (o lançamento) de um satélite. Todos podem distinguir um satélite de um míssil, e não era um míssil", completou.
Pressão
Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão argumentam que o lançamento viola a Resolução 1.718 do Conselho de Segurança da ONU, adotada em outubro de 2006 e que proíbe a Coreia do Norte de desenvolver atividades balísticas.
O Japão e os Estados Unidos estão pressionando o Conselho de Segurança a aprovar uma resolução que reforce e possivelmente estenda as sanções já existentes contra a Coreia do Norte.
Aprovadas após um teste nuclear em 2006, no entanto, as sanções financeiras e a proibição de viagens contra os norte-coreanos nunca foram realmente aplicadas.
Segundo a correspondente da BBC na ONU, Laura Trevelyan, a eficácia do embargo de armas imposto contra Pyongyang também é questionável, já que país mostrou que possui a tecnologia para lançar um satélite.
Discussões
No último domingo, o governo russo afirmou que o lançamento norte-coreano "causa preocupação", mas alertou contra "conclusões precipitadas" contra o país.
Já o governo chinês, aliado de longa data do governo norte-coreano, afirmou que o país tem o direito de possuir um programa espacial pacífico e disse que outras sanções contra Pyongyang não seriam produtivas.
China e Rússia, assim como Estados Unidos, Grã-Bretanha e França, possuem poder de veto no Conselho de Segurança da ONU, por serem membros-permanentes do órgão.
Fonte: BBC Brasil
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