De acordo com o correspondente da BBC David Bamford, nas últimas semanas fazendeiros do sul da Ásia ficaram alarmados com a falta das tradicionais chuvas de monção, que atingem a região nesta época do ano.
Partes da Indonésia e Malásia se encontram atualmente escondidas debaixo de uma névoa forte.
A seca está causando um efeito devastador nas lavouras e nos estoques de alimentos no Quênia e leste da África, enquanto que o número de furacões no Caribe diminuiu muito.
Segundo a Organização Mundial de Meteorologia, todos estes eventos climáticos parecem estar interligados e podem ser conseqüência do El Niño, que está de volta, porém com intensidade menor do que a registrada em 1997.
Há 12 anos, o efeito do fenômeno foi responsabilizado pela perda de lavouras e centenas de mortes no mundo inteiro.
Diferenças
A Organização Mundial de Meteorologia afirmou que o fenômeno neste ano apresenta uma intensidade de fraca a moderada, que ocorre devido a temperaturas mais altas do que o normal nas águas da região tropical do Oceano Pacífico.
Apesar de a diferença ser de menos de um grau, já é o bastante para criar uma série de eventos no mundo todo, como um efeito cascata.
O nome formal para o fenômeno que ocorre com intervalo de alguns anos é El-Niño-Oscilação do Sul. Entre os efeitos, a água do mar fica mais quente do que o costume, cardumes se movem de forma imprevisível, a chuva que deveria ocorrer não vem, ventos podem mudar de direção.
Esses efeitos podem durar até 12 meses.
O modelo de clima da Organização Mundial de Meteorologia pode fazer previsões mais precisas apenas para os próximos meses e sugere que os efeitos do El Niño poderão ser sentidos até, pelo menos, março de 2010.
Fonte: BBC Brasil
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