Obama disse "acreditar fortemente" que a criação de um Estado palestino independente interessa a Israel do ponto de vista de segurança.
"Tenho confiança de que podemos avançar se todos os lados cumprirem suas obrigações", disse Obama.
O presidente americano afirmou que não pretende "estabelecer prazos artificiais" para a resolução do conflito, mas ressaltou que não vai esperar até o final de seu mandato para pressionar por um acordo entre palestinos e israelenses.
Assentamentos
Obama voltou a pedir ainda para que Israel suspenda os assentamentos judaicos em terras palestinas da Cisjordânia.
Cerca de 280 mil israelenses vivem em 121 assentamentos na Cisjordânia e 190 mil israelenses moram em Jerusalém Oriental. Existem outros 102 assentamentos judaicos não oficiais na Cisjordânia.
Estes assentamentos são considerados pelos palestinos como um dos maiores obstáculos para a paz na região.
Obama disse ter sido "muito claro" com o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, na semana passada, sobre a necessidade de "parar com os assentamentos".
Mas Israel afirmou, nesta quinta-feira, que o país continuará a permitir as construções nos assentamentos da Cisjordânia e que o futuro destes deveriam ser definidos nas negociações de paz com os palestinos.
Futuro
Mahmoud Abbas disse estar "completamente comprometido com os termos dos acordos já firmados", referindo-se à proposta acordada em 2003.
Pelo acordo, apoiado pela administração do presidente George W. Bush, Israel deveria congelar completamente a expansão dos assentamentos. Os palestinos se comprometeram a coibir a ação de militantes.
Obama disse que os palestinos devem fazer mais para fortalecer a segurança em seu território e reduzir o "incitamento" contra Israel que, segundo ele, está presente em algumas escolas e mesquitas.
Na próxima semana, Obama viaja ao Oriente Médio, onde se encontra com o líder saudita, o rei Abdullah, e o presidente egípcio, Hosni Mubarak. Ele deve fazer ainda um pronunciamento ao mundo árabe.
Correspondentes na região dizem que os muçulmanos esperam para ver qual a postura de Obama sobre o conflito entre palestinos e israelenses.
O presidente americano disse ter consciência de que o assunto "é um ponto crítico nas mentes de muitos árabes da região e além".
Analistas dizem que, embora as declarações recentes de Obama e do premiê israelense Binyamin Netanyahu sugiram uma rara quebra de sintonia entre os dois países, não está claro como o presidente americano deve pressionar Israel.
Fonte: BBC Brasil
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