As autoridades em Washington afirmaram que fotos de satélites mostraram movimentação de veículos em um local da Coreia do Norte usado para lançamento de mísseis de longa distância.
Segundo os americanos, a movimentação revelada pelas fotos de satélites se parece com a atividade registrada antes de a Coreia do Norte ter disparado um foguete de longa distância em abril.
Na sexta-feira os norte-coreanos dispararam outro míssil de curta distância, o sexto desta semana.
As autoridades americanas, que não quiseram se identificar, afirmaram que os Estados Unidos estão monitorando com atenção os locais de lançamento de mísseis da Coreia do Norte e outras instalações no país.
Durante esta semana a Coreia do Norte realizou um teste nuclear e disparou mísseis.
Nesta sexta-feira, a Coreia do Norte também alertou que vai adotar medidas de "autodefesa" se o Conselho de Segurança da ONU impuser sanções devido ao seu teste nuclear.
"Se o Conselho de Segurança da ONU nos provocar, nossas medidas adicionais de autodefesa serão inevitáveis", afirmou o Ministério do Exterior em uma declaração divulgada pela imprensa oficial norte-coreana.
Barcos de pesca
Em meio ao aumento da tensão pelas ações do governo norte-coreano, barcos de pesca chineses estariam deixando a região da fronteira entre as Coreias no Mar Amarelo, temendo uma ação militar.
A agência de notícias sul-coreana Yonhap citou fontes do setor de defesa, afirmando que as autoridades militares da Coreia do Sul estão tentando descobrir se os navios chineses receberam ordens para deixar a região.
"Barcos de pesca chineses perto da Linha de Limite do Norte (NLL, na sigla em inglês) começaram a se retirar ontem", afirmou a fonte.
A NLL, que a Coréia do Norte se recusa a reconhecer, marca a fronteira marítima na costa oeste da península. Foi o local de confrontos navais sangrentos em 1999 e 2002.
O governo comunista linha dura também ameaçou iniciar uma ação militar contra a Coreia do Sul depois da decisão do governo sul-coreano de aderir a um programa liderado pelos Estados Unidos que prevê a vistoria de navios suspeitos de transportar armas de destruição em massa, a Iniciativa de Segurança contra a Proliferação (PSI, na sigla em inglês).
A Coreia do Norte afirma que esta decisão dos sul-coreanos é equivalente a um ato de guerra e que, por isso os norte-coreanos afirmaram que não se veem mais obrigados a cumprir o armistício que pôs fim à Guerra da Coreia em 1953, e que "a península coreana vai retornar ao estado de guerra".
Um dia depois do anúncio do rompimento do armistício, a Coreia do Sul e os Estados Unidos anunciaram aumentaram o nível de alerta na região, aumentando o nível de vigilância mas sem alteração nas manobras militares.
Fonte: BBC Brasil
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